A Justiça ouviu nesta quinta e sexta-feira (4) 15 vítimas da construtora Iguaçu do Brasil. A esperança deles é de recuperar o prejuízo e ver os responsáveis pelo esquema condenados. Para evitar maior prejuízo, a saída foi fechar a área, que seria um condomínio com 30 casas. Mas, com cerca de 40% das obras concluídas, os compradores descobriram que caíram num golpe da construtora. E são eles que fazem a manutenção do terreno.
Uma das vítimas pagou R$ 160 mil pelo imóvel, que nem ficou pronto, mais os materiais de acabamento. O casal Edilamar e Pedro sonhou com uma das casas até perceber que era um golpe. Perderam R$ 150 mil. A expectativa é, pelo menos, poder dar continuidade à construção, diminuir o prejuízo e acabar com o prejuízo.
Os depoimentos de mais 6 vítimas, 8 testemunhas de defesa e os interrogatórios de 4 dos 13 réus ficaram para outra audiência, marcada para julho de 2019. Ou seja, daqui a mais de um ano, tempo demais para as vítimas.
Por enquanto, há uma sentença proferida em março deste ano pelo juiz da 5ª Vara Criminal Paulo César Roldão, que condenou o dono da construtora, Carlos Alberto Campos de Oliveira, a 5 anos e 10 meses de prisão e multa de pouco mais de R$ 8 mil por crimes de estelionato e falsidade ideológica.
O Assistente de Acusação que representa uma das famílias vitimadas, Mário Barbosa afirmou que: “por enquanto, do jeito que a coisa está marchando, o crime valeu apena”, e concluiu: “Logo logo, se o Poder Judiciário não apressar a marcha dos atos, o crime vai prescrever".
Além desta, o dono da Iguaçu do Brasil e funcionários respondem a outras onze ações criminais pelos mesmos fatos, porém, envolvendo vítimas de outros empreendimentos não finalizados.